Sem Fim

Chapter 5: 05 Gatos do Deserto



No dia seguinte…

Acordei com um pequeno coelho que estava pulando em meu colo, abri os olhos e coloquei a mão na cabeça dele e esfreguei um pouco.

 

Obrigado! Já acordei!

 

O coelho saltou para fora e então levantei, caminhando em direção a nuvem cinza que se aproxima enquanto espreguiçava para começar o dia.

 

O mesmo trio junto com a variedade de animais corrompidos de sempre, mas em maior quantidade, isso foi uma boa coisa já que trouxe um bom número de cristais, depois de terminar de limpar tudo e aproveitar que a ilha ainda está se fundindo, cuidei das plantas e depois fui para a outra ilha desértica que tinha interesse.

 

Ontem fiquei em dúvidas de qual ir, pois as duas pareciam ser do mesmo tamanho e clima que a anterior, só que esse não têm névoa, mas parece ter um dono.

 

Ontem optei por enfrentar alguém corrompido em vez de invadir o território dos outros e colonizar, mas nesse lugar não dá para negligenciar, se não, mais cedo ou mais tarde a névoa passa e carrega.

 

Sobrevoando a proximidade da ilha, vejo alguns movimentos espalhados pelo deserto.

 

Esse lugar parece ser mais quente que o outro, mas também parece ser mais agitado que o outro.

 

Encontrando um aborígene que estava perto da borda abrindo um corpo de um Homem-peixe e tirando o núcleo, me aproximei e tentei me comunicar.

 

~ Oi! Tá quente aqui né? ~

 

O aborígene que estava trabalhando rápido e cauteloso por algum motivo, de repente ouviu algo e se assustando, olhando para todos os lados e não encontrando nada, então finalmente olhou para o ar fora da ilha e viu alguém voando ali.

 

Mostrando a faca para o estranho, ela começou a sinalizar para se afastar.

 

Ele viu que tinha outro de sua espécie morto não muito longe e foi até lá, pousando ao lado do corpo, toquei nele e absorvi.

 

Dentro do Mundo Interno…

Transformando o corpo do que parecia um gato humanoide em um livro, comecei a aprender sobre o que estava acontecendo.

 

O povo dos Gatos do Deserto, viveram seguindo costumes similares aos povos Egípcios da era dos faraós, essa influência nasceu quando atingiram a sabedoria e os ancestrais tiveram contatos com rochas pintadas que vieram do nada.

 

Será que aqueles portais trouxeram algo a mais que só coisas físicas?

Essa cultura que apareceu do nada pode ser uma dica!

Talvez tenha alguma relação com o jogo!

 

Então, aprendendo seus costumes e dialeto, também tive uma noção do que aconteceu desde que o cristal da ilha surgiu aqui.

 

Parece que os cristais já estavam dentro das ilhas, mas por causa de alguma coisa eles saíram, como se começasse uma nova rodada de jogos ou algo assim.

 

Na ilha desértica…

Caminhei até ela, agora falando em seu dialeto.

~ E aí?! Você pode me levar ao seu líder? ~

 

Ela ficou surpresa por poder entender ele.

~ O quê você quer? ~

 

João: Eu venho em paz… Quero dizer, eu vim Desafiar!

 

Ela ficou séria: Se você quer desafiar a rainha, deve me vencer primeiro!

 

João: Tudo bem! Venha!

 

A pequena Gatinha usando uma grande velocidade, se aproximou pelo lado direito e tentou me apunhalar, então desviei, dei um tapa na faca e segurei ela pela nuca assim como os gatos que caíam do muro de casa.

 

João: E então?

 

A pequena Gatinha: Você está qualificado!

 

Colocando ela no chão: Você pode terminar suas coisas primeiro!

 

Ela voltou a procurar o núcleo e quando terminou, sinalizou para segui-la.

 

Correndo por um tempo até um oásis onde uma pirâmide está sendo construída.

 

Ela me pediu para esperar e foi até um grupo na entrada, avisou ao pessoal na porta e eles a levaram para dentro.

 

Depois de um tempo ela voltou: Venha comigo!

 

Ele a seguiu até uma arena, o lugar começou a ficar cheio e logo alguns pobres trabalhadores com sorrisos felizes carregavam um palanque com um trono, sentada no trono estava uma Gatinha vestida de Faraó.

 

Depois que parou nas escadas da arena ela deu um salto e caiu no meio dela.

~ Onde está o desafiante? ~

 

João deu um pulo e pousou na frente dela.

~ Aqui! ~

 

Desde que o Cristal apareceu, os ataques se tornaram frequentes, então eles ainda estão se adaptando a isso.

 

Rainha: Não temos muito tempo, então vamos começar!

 

Eles se posicionaram para a luta e então em uma velocidade muito maior do que a Pequena Gatinha anterior, um pequeno tornado se formava em seu tornozelo e suas garras estavam envolta em lâminas de vento.

 

Me esquivando com uma ponte, e aproveitando as mãos no chão, chutei para fazer o movimento de macaquinho, acertando seu queixo e deixando ela desmaiada no chão.

 

Levantando, fui até ela e a acordei como qualquer um faria, segurei seus ombros e sacudi…

~ Oi, Hora de acordar! ~

 

A rainha acordou assustada: Quê? Onde estou?

 

João: Você perdeu!

 

Rainha: Perdi? Como estou viva ainda?

 

João: Quando foi que disse, quê queria te matar?

 

Rainha: Hã? Você não queria tomar meu lugar?

 

João: Não!

 

Rainha: Então?

 

João suspirou: Quero o Cristal da ilha!

 

Rainha: Isso… Ele não está comigo.

 

João: Não? Você sabe onde está?

 

Rainha: Sim, mas…

 

João: O quê?

 

Rainha: Ele está com a antiga faraó, quando sofremos os primeiros ataques, elas nos salvou e no fim tomou o cristal, só que infelizmente foi contaminada… Então antes de perder a sanidade, ela pediu um enterro de um faraó para guardar o Cristal da Ilha daqueles invasores.

 

João: Se ela está apenas contaminada, talvez eu ainda consiga salvar ela.

 

Rainha: Sério?

 

João: Sim! Vamos resolver isso o quanto antes.

 

A Rainha voltou ao normal e anunciou o campeão, então mandou todos voltar a trabalhar enquanto me guiou para a pirâmide em construção como se não tivesse acontecido nada.

 

No centro tinha escadas para o porão, os corredores iluminados com tochas tornando esse um lugar bem sinistro, depois de caminhar por um tempo, chegamos em uma sala onde tinha um sarcófago no centro.

 

Em cima do sarcófago pode se perceber ligeiramente uma névoa cinza, ela pegou uma vara que estava ao lado e enfiou em um espaço da tampa e moveu para o lado, então a tampa se abriu lentamente até a metade.

 

João: Que clima tenebroso!

 

Rainha: Aqui está!

 

Eles se aproximaram e viram alguém peituda em volta de ataduras o cristal entre os braços que estavam presos como uma camisa de força.

 

João enfiou a mão para pegar o Cristal e sentiu os peitos que envolvia ele, mas quando pegou o Cristal sentiu algo diferente, se concentrando ele foi ao Mundo Interno.

 

Mundo Interno

Ali estava flutuando um círculo com um símbolo estranho feito com a mesma energia estranha, transformando eles em livro, chequei com cuidado as informações e é claro aprendi outra coisa importante.

 

A energia sem nome é a energia Divina, que é usada só por Deuses que vieram do mesmo lugar de onde o Filho da Puta veio, essa energia é diferente da usada por Deuses que pertencem ao mundo em que ele vive.

 

A marca, é chamado de Selo da Alma ou Marca Divina, todos que estiver no jogo, ou tiver uma interação direta ou indireta, pode ser marcado em algum momento, isso significa que no momento que for marcado o ser pertencerá a ele e não poderá ir contra ele, pelo contrário, sempre o verá como alguém ideal.

 

Depois de aprender diversas informações e coisas que talvez o próprio Deus não saiba, coloquei a energia que tinha absorvido antes e a energia do selo na área que me pertence sem medo.

 

A energia que foi usada para criar o Pequeno Jardim, brilhou e agora realmente me pertence, a Energia Divina também mudou ganhou minhas características e então usando o que descobri dessa marca, crie um selo sem todas as intervenções sinistras, mas com a proteção para não ser encontrados por eles.

 

Essas informações estavam todas no próprio selo, mas desativadas.

 

Parece que criaram tudo como um padrão, seguindo um modelo e nem se importam de aprender mais sobre ele.

 

A energia Divina começou a surgir no meio do Mundo Interno agora criando uma nova área, nesse lugar está um Ovo de energia, ele está acumulando a Energia Divina que e pertence, já sei o que é, mais ainda vai demorar para ser útil.

 

Do lado de fora…

Abrindo os olhos, peguei o cristal e coloquei no chão a uma distância dela, então voltei até ela e usando a energia Divina, desmontei a marca dela e em seguida voltei para o Cristal.

 

Rainha: O quê você está fazendo?

 

João: É que para trocar de dono sem ter que matar ela, tive que afastar o Cristal e depois ver se ela perdeu a autoridade.

 

Rainha: Oh! Entendi! Já posso liberar ela?

 

João: Ainda não, espere um pouco.

 

Pegando o Cristal e absorvendo, notei que cada vez que absorvi uma ilha, os selos e Energia Divina estavam sendo convertidos em pura Energia Divina com minhas características e estavam se acumulando, mas agora estão indo para o Ovo.

 

Depois de Absorver o Cristal da Ilha, sei onde está tudo e todos, então controlando um pouco do elemento Vida, limpei a corrupção da múmia a nossa frente.

 

João: Agora pode ajudar ela, ou ela vai morrer sufocada!

 

Rainha: Isso…

 

Ela soltou as ataduras da boca, e ouviu suas primeiras palavras.

~ Ah! Cléo! Você amarrou tão bem que nem minha cauda pode mexer! ~

 

Cléo: Desculpe Faraó Ankha!

 

Ankha: Eu já disse para me chamar só pelo nome!

 

Finalmente ela soltou as mãos e com grande dificuldade começou a saiu do sarcófago, então uma Gata de pelos dourados, com cabelo e olhos azuis começou a sair com ajuda de Cléo.

 

Ankha: Descobri que ali é bem confortável, talvez eu troque pela minha cama.

 

Cléo: Não faça isso, por favor!

 

Ankaha finalmente percebeu a terceira pessoa em seu considerado novo quarto.

~ Isso… você é? ~

 

João: Eu sou João! Há um tempo queria perguntar…

 

Cléo: Diga!

 

João: Ela se tornou uma múmia?

 

 Cléo olhou para Ankha com as ataduras frouxas e só prendendo em partes importantes, mas dava uma impressão que sempre se vestiu assim.

 

Cléo: Não, mas estranhamente combina!

 

Ankha rindo: Vou lançar uma nova moda! Oho ho ho!

 

Cléo notou João saindo: Onde você vai?

 

João: Estou fundindo minha ilha nesse momento, quando terminar eu volto.

 

Ankha: Espere um momento!

 

 Ankha correu para um sarcófago que estava em pé em um canto que ninguém tinha percebido, abriu e entrou, depois de alguns barulhos ela abriu novamente vestindo um vestido de seda branca e usando maquiagem.

 

Ankha: Vamos!

 

Cléo e João: Aquilo é um guarda-roupas?

 

 Ignorando o espanto dos dois, ela começou a caminhar para fora como se estivesse desfilando, os dois só abaixaram os ombros e seguiram ela.


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