Sem Fim

Chapter 28: Fantasma



No muro…

 João estava com suas linhas de luz, apagando fantasmas e coletando o pó que cai do fogo-fátuo e da fantasma que os controla, também começou a coletar o plasma das fantasmas da manhã, ele descobriu que os dois serve como cola no gelo substituindo o cimento debaixo d'água, por isso agora ele está apenas coletando materiais de construção.

 

 Enquanto limpava o lugar, Ann chegou com o grupo que não conseguiu falar nem se mexer ao ver o que acontecia ali, quando o cara de 50 metros apareceu elas quase desmaiaram.

 

 Depois que terminou com a luta, ele começou a absorver os núcleos e guardar tudo rapidamente então foi até eles, enquanto enviava as espadas para a ilha dos Anjos.

João: Boa-noite!

 

Ann e os guardas: Boa-noite Senhor!

 

João: Porquê não ficaram na festa?

 

Ann: Temos que vigiar os muros para te ajudar!

 

João: Eu entendo, mas durante esses dias estou do lado de fora, então estou atento, quando estiver construindo então vou precisar de sua ajuda.

 

Todos: Obrigado Senhor!

 

João: Vão e aproveitem!

 

Ann: Então iremos Senhor!

 

 Ann e os outros, pegaram as visitas e arrastaram de volta para a cidade, as pobres estavam tão cansadas que quando chegaram na entrada da cidade e desmaiaram.

 

 João apareceu flutuando ali rindo, então moveu as visitas para o quarto delas novamente, ele se despediu de todos e voltou para o lado de fora.

 

No dia seguinte…

 Depois de coletar o material de construção e enviar as Gemas da Alma para a Ilha dos Anjos ele foi para fora.

 

 Ao meio-dia as visitas acordaram e começaram a discutir do mesmo jeito de antes, então foram a cidade e procuraram Ann.

Ann: Vocês estão me dizendo que fantasmas invadiram a ilha?

 

Renata: Isso mesmo!

 

Cléo: Tem certeza que viu fantasmas?

 

Carla: Isso mesmo!

 

 ~ Tchuru~ruru Tin~tin~

 

Cléo: Oh! O telefone! Esperem um momento.

 

 ~ Tchuru~ruru Tin~tin~

 

 Ela foi ao espelho ao lado e tocou na joia verde da moldura, então a imagem de uma sereia em um fundo azul apareceu.

Mariana: E aí, Cléo!

 

Cléo: Mariane! Que alegria é essa? Algo bom aconteceu?

 

Mariana: É que… Consegui dois ingressos para o cinema e… Você sabe né?

 

Cléo: Hã?

 

Ann: Ingressos? Isso é de comer?

 

Ankha: Isso é coisa da terra dela, deve ser algo para entrar em algum lugar!

 

Ann: Oh! De repente percebi que você é muito inteligente!

 

Ankha: O quê você quis dizer com isso? … Quer morrer?

 

Mariana: Isso mesmo! É para entrar no cinema, vai estrear um filme novo…

 

Ann: E você quer me chamar?! É claro que eu vou!

 

Mariana: Você respira debaixo d'água?

 

Ann: Hã? Vai ser aí?

 

Mariana: É claro que é aqui!

 

Ann: Então não vou!

 

Mariana: Isso é para chamar ele!

 

Cléo: Ah~! Então é isso! Porquê não ligou para a casa dele?

 

Mariana: Eu liguei, mas nada…

 

Ann: Ele está indo para fora da ilha e só voltando para a invasão.

 

Mariana: Então é isso… Que pena!

 

Ankha: Eu falo com ele, é bom para ele descansar um pouco.

 

Mariana: Sério? Valeu! Qualquer coisa você me liga, Tchau gente!

 

Então ela desligou.

Brenda: Isso foi real?

 

Renata: Esse é o mesmo artefato de comunicação que conhecemos?

 

Carla: Ele não tinha a imagem feita de poeira?

 

Cléo: Do que elas estão falando?

 

 ~Tchuru~ruru Tin~tin~

 

Cléo: Licença tem outra ligação.

 

 ~Tchuru~ruru Tin~tin~

 

Júnia: Cléo, ele está ai?

 

Cléo: Júnia ele deve estar do lado de fora, aconteceu alguma coisa?

 

Júnia: É que preparei um bolo… E~ queria chamar ele para…

 

Cléo: Coragem menina!

 

Júnia: Queria chamar ele para provar!

 

Ankha: Eu vou até lá perguntar a ele depois.

 

Júnia: Sério? Obrigada!

 

Ela desligou.

Brenda: Como pode isso?

 

Renata: Impossível!

 

Carla: Não tem que trocar o núcleo a cada uso?

 

 ~Tchuru~ruru Tin~tin~

 

Cléo atendeu: Oi?

 

Bella: Cléo você está bem?

 

Cléo: Nada, é só que… Ah! Deixa para lá! O quê aconteceu?

 

Bella: É que estou livre nesses dias! Ele tinha me perguntado se eu podia cuidar das flores dele, só que não consigo falar com ele.

 

Cléo: Oh! Então você está vindo para a ilha?

 

Bella: Sim! Preciso que ele me busque!

 

Ankha: Eu vou no muro e falo com ele!

 

Bella: Obrigada! Então até breve!

 

Ela desligou.

 

As visitantes estavam congeladas.

Renata: Elas não estão na ilha?

 

Cléo: Hã? Claro que não!

 

Renata: Como eu não vi, nenhuma ilha perto?

 

Carla: O maior comunicador conhecido, chega há 1000 km de fora da ilha.

 

Ann: Isso tinha limites?

 

Ankha: É coisa da terra delas, não vamos misturar!

 

Ann: Ah! Então é isso.

 

Cléo falou: Vocês são novas aqui, mas o Senhor nos disse uma vez… Cada Reino, possui sua própria cultura e árvore tecnológica, algumas crescem rápido e outras lentamente.

… Não é bom misturar, pois pode até crescer rápido, mas a tendência é desviar do verdadeiro uso ou ficar preso em um nível tecnológico e não avançar sem depender de tecnologia externa.

 

Brenda: Isso é mentira! Muito das nossas runas e armas aprendemos de outras civilizações, agora somos o melhor em fabricação.

 

Ankha: Sério? Quantos desses equipamentos está a várias vezes melhor que o original?

 

Brenda: Isso…

 

Cléo: O maior exemplo é o espelho, provavelmente alguém conseguiu a fórmula para a construção, mas só conseguiram construir e não melhorar, pois essa não era sua própria tecnologia nativa.

 

Carla: Oh! Então era isso!

 

Ankha: Deu meio-dia, ele deve estar no muro, até mais!

 

Ann: Ela fugiu!

 

Cléo: Então vamos aproveitar e ver o fantasma.

 

Carla: Sério?

 

Cléo: Se for do tamanho que você disse, qualquer um aqui pode lidar.

 

 Cléo começou a arrastar todo mundo de volta ao lago, enquanto Ankha foi entregar os recados.

João: Bela está de folga?

 

Ankha: Ela falou que vai ficar algumas semanas livre.

 

João: Isso é interessante, vamos lá para casa.

 

Ankha: Já faz um tempo que quero te perguntar… Porquê está ficando tão frio lá?

 

João: Eu estou construindo um castelo.

 

Ankha: Hã? E o quê isso têm a ver com o frio?

 

Um bloco de gelo apareceu e ela se agarrou a ele tremendo.

João gritou fingindo: Ai! Unhas!

 

Ele guardou o bloco de gelo e ela olhou para todos os lados.

Ankha: Foi mal! Isso… Nem machucou!

 

João: Força do habito!

 

Ankha: Então está construindo com isso? Onde?

 

João: No lago! Achei que você sabia, não te falei?

 

Ankha: Não, só achei que você está treinando.

 

Eles voltaram para casa e quando chegaram perto viram uma multidão ali.

Brenda: Estava ali!

 

Ann: Eu não vejo nada aqui.

 

Cléo: Nenhum sinal de monstro aqui, vamos voltar.

 

João: Boa-tarde gente!

 

 ~ Aaaaaahh!!! ~

 

Ankha: Hã?

 

Cléo: Oh! Vocês chegaram!

 

Ankha: Porquê vocês estão aqui?

 

Cléo: Já esqueceu?

 

Ankha: … É~… Visita?

 

Ann sussurrou: Monstros Ankha! Monstros!…

 

Ankha: Ah! É mesmo! Quase esqueci!

 

João: Monstros? Não tem nenhuma alma aqui! Como era o monstro?

 

Cléo: Elas falaram que era uma fantasma parecida com aquela da noite passada, mas da altura dela.

 

 Então depois de pensar um pouco e analisar o ambiente, então do nada começou a rir e começou a caminhar para casa.

João: Não há fantasma!

 

 Ele entrou e as outras seguiram atrás gritando que tinha visto, então elas viram que ele estava ligando para alguém pelo espelho.

Bela: Finalmente! Estou pronta!

 

Ele tocou no espelho e do toque surgiu ondas como se o espelho fosse feito de água.

João: Pode atravessar!

 

Bela: Quê?

 

João: Atravesse o espelho.

 

 Ela esticou um braço e ele atravessou, então tentou a cabeça e viu que estava seguro então atravessou.

 

 A Fadinha de 5 cm apareceu na sala na frente de todas, ela jogou um pó brilhante sobre si e começou a crescer proporcionalmente a todos ali.

Bela: Uau! Não sabia que aqui estava cheio!

 

João: Chegaram aqui agora.

 

 Ela viu Ankha, Cléo e Ann, então pulou nelas para dar um abraço.

 

 ~ Oiê!! ~

 

Ann: Bela!

 

Cléo: Você estava brilhando tanto, que até me deu uma vontade de te agarrar!

 

Ankha: Não sabia que você era tão pequena, imagina…

 

Ankha teve uma ideia e olhou para João que estava desligando o espelho.

João: Depois faço um peixe assado para vocês.

 

Ankha: Te amo!

 

João: Sei…

 

 Ele então levou todos para fora ignorando as visitas paralisadas, foi ao lago e tocou nele, no momento seguinte a névoa sumiu revelando um castelo magnífico com um leve brilho azul.

Bela: Uau! Que lindo!

 

Cléo: Oh! Que estilo diferente!

 

Ankha: Então era isso que você estava construindo, impressionante!

 

Ann: Você vai morar nele?

 

João: Eu…

 

Renata acordou: Uma fada das flores!

 

Brenda: Um tesouro!

 

Carla: É o suficiente para trocar por proteção do Reino Abelhas Assassinas!

 

Outras servas: Que grande descoberta senhora!

 

Bela ficou assustada com o que elas estavam falando.

João: Seu reino é realmente pobre de corpo e alma, não é atoa que eles te deram de presente para os bandidos.

 

Bela agarrou o braço dele: Oh! Querido!

 

Ankha: Hum~ Se aproveitando, hein?

 

Bela mostrou a língua para Ankha e continuou a se agarrar.

 

 Ele pegou um pouco do pó dos fantasmas e mostrou a todos, então deixou cair um pouco na água, uma camada de névoa se formou e formou a forma de uma fantasma, depois de um tempo desapareceu.

João: Isso é apenas um efeito desse material de construção que coletei, nada demais, agora é melhor que voltem para seus quartos ou não levarei vocês para casa.

 

Renata: O quê? Você está nos levando para casa?

 

João: Se vocês fossem como sua família ou como os bandidos, eu já teria te matado no momento em que te encontrei.

 

Brenda: Não fizemos por mal.

 

João: Mesmo ajudando vocês, vocês se aproveitaram delas e começou a coletar informações, investigar a tecnologia e força militar, não é por mal?

 

Carla: Isso…

 

João: Vão! Ainda tenho muito o que fazer, quando chegar em sua Ilha te deixarei lá.

 

 Com isso ele começou a levar Bela e as outras para o jardim, o grupo ficou em choque por um tempo e depois voltaram como soldados derrotados.

 

 Elas ainda não entenderam como não conseguiram o favor do dono da ilha, principalmente Renata que é da raça Raposa de 9 caudas e possui o charme natural para dominar aqueles a sua volta.


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